27.7 C
Ijuí
segunda-feira, dezembro 11, 2023

Violência Obstétrica: quando dar a vida se torna uma experiência de violência

Apesar de ser pouco conhecido, em razão de casos que ganharam notoriedade – como o do anestesista que estuprava mulheres no parto –, o termo violência obstétrica está se difundindo. Você sabe o que ele significa?É uma forma de violência de gênero exercida pelos responsáveis nos cuidados da saúde sobre gestantes, durante os serviços de saúde na gestação, parto e pós-parto e que infelizmente, segundo pesquisas, ocorrem em 43% dos partos. Ou seja, para praticamente metade das mulheres brasileiras, o ato de gestar e dar à luz é também uma experiência de violência e humilhação.Podem ser consideradas violência obstétrica, situações como: utilização da manobra de Kristeller, uso da Ocitocina (hormônio que acelera o parto mas produz muita dor) e da episiotomia (corte vaginal); demora no atendimento ou não atendimento; amarrar a mulher durante o parto; não permitir que ela escolha a posição de parto; impedir que ela se alimente e beba água durante o parto; negar anestesia, inclusive no parto normal; toques realizados de forma agressiva e repetida, ou por mais de uma pessoa; dificultar o aleitamento materno na primeira hora; impedir o contato imediato, pele a pele do bebê com a mãe, sem motivo esclarecido; proibir acompanhante; realizar cesariana desnecessária; ofender a mulher com chacotas e informações pouco acessíveis.Infelizmente, as formas são muitas, e é preciso que todos sejamos conscientes que a violência obstétrica não pode mais ser tolerada e que os espaços de nascimento e vida não podem ser também espaços de dor, violência e morte.

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

spot_img

Últimas NOTÍCIAS