A emedebista Simone Tebet tomou posse ontem como nova ministra do Planejamento e Orçamento, em cerimônia no Palácio do Planalto que contou com a presença do ministro Fernando Haddad (Fazenda). Em seu primeiro discurso, reconheceu ter “alguma divergência” com a equipe econômica do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Tebet também pregou responsabilidade fiscal, combate à inflação e aos juros elevados e defendeu a aprovação da reforma tributária. Na sua fala, marcada por tom político, ela ainda criticou o governo Jair Bolsonaro (PL), dizendo que o ex-presidente deixou “para trás sementes de destruição”.
A posse de Tebet foi a única de um ministro à qual Haddad compareceu até o momento. Na véspera, ele chegou a confirmar presença na cerimônia em que o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) assumiu oficialmente o posto de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço, mas cancelou de última hora para se preparar para uma reunião com Lula. Tebet chegou ao evento ao lado de Alckmin. Haddad veio logo atrás, conversando com o ministro da Casa Civil, Rui Costa. No grupo também estavam o secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo, abraçado com a economista Elena Landau, que participou da campanha à Presidência da senadora. O ex-presidente José Sarney estava entre os convidados, assim como a ministra da Gestão, Esther Dweck.
Em seu discurso, Tebet disse que ficou duplamente surpreendida com o convite de Lula para comandar o Planejamento. “Primeiro, porque fui escolhida para ser ministra com um convite especial do presidente e, segundo, porque fui parar justamente em uma pauta que tenho alguma divergência”, disse.
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