A busca pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), na maior parte das vezes, é feito em casos de emergência, contudo, a população acaba não tendo paciência e ampliando um índice que tem atrapalhado o serviço e pode provocar o atraso no resgate de que realmente precisem: o de ligação incorretas.
São chamadas feitas por engano, fora do contexto de urgência e emergência em saúde, interrompidas, repetidas, trotes e fora da área de abrangência. Atualmente, o chamado do Samu é feito através do 192. Quando é feita a discagem, a pessoa que busca o resgate cai no sistema de regulação, que faz a triagem e transfere a ligação para um médico que, via telefone, verifica a gravidade da situação e encaminha as ambulância para o atendimento. O problema no entanto, conforme explica a coordenadora do Samu de Ijuí, está lincado ao desconhecimento da atribuição do Samu. “Infelizmente, pelas pessoas não saberem o que é o serviço Samu, acabam ligando e vendo que demorou alguns segundos. Com certeza, para ela, 30 segundos se resume em meia hora, pois a tendência é achar que está demorando demais. O que acontece? As pessoas não finalizam as ligações. Por isso é comum que haja chamados incorretos. De cada 10 pessoas que ligam, três não esperam o contato com o médico, acham que está demorado. Então desligam e ligam para os bombeiros, que deslocam, buscam e levam até o hospital”, explica.
Segundo Carla, o Samu se diferencia por oferecer o atendimento no local. “São minutos perdidos de vida desse paciente onde poderíamos chegar no local e fazer o salvamento. É a diferença do nosso serviço”, ressalta.
Outra situação explicada pela coordenadora diz respeito aos serviços que a população acha que o Samu faz, como um câncer terminal onde a pessoa acha que pode fazer o transporte para o hospital, o que não é serviço. Por isso que é necessária a triagem para o médico deslocar a ambulância ou não.
Em Ijuí, a média de atendimentos varia bastante. Há bastante demanda, mas todas são feitas com base no que a regulação determina. O tempo de atendimento varia também, dependendo do caso e da gravidade.
Em relação aos trotes, Carla destaca que isso não tem ocorrido com tanta frequência como antigamente. A regulação consegue buscar onde a ligação foi feita. “Acredito que pelas buscas de mostrar o serviço dentro das escolas tem feito com que os alunos mais novos saibam valorizar, por isso acredito que a principal causa dos altos índices de ligações incorretas estão vinculadas às pessoas não terminar os chamados”, relata.