Os laboratórios do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) foram oficializados pelo Ministério da Saúde como um dos oito centros de referência do País aptos a realizar o diagnóstico da varíola do macaco. De acordo com o governo gaúcho, esta é a primeira vez que os laboratórios do RS se tornam referência na detecção de uma doença infecciosa, ganhando importância nacional.
O trabalho está sendo conduzido pelo Centro de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CDCT) e pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (Lacen-RS), que integram a estrutura do CEVS. A área de cobertura do CDCT/Lacen-RS será toda a região Sul do Brasil. O centro de testagem deve receber as amostras de casos suspeitos do Paraná e de Santa Catarina, além do próprio Rio Grande do Sul.
Mesmo sendo referência na testagem, o Estado tem visto aumentar os números de casos da doença. O Rio Grande do Sul tem 82 casos confirmados de varíola do macaco distribuídos em 22 municípios, segundo o novo boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES) divulgado ontem.
A grande preocupação é em relação a uma possível epidemia que vai surgindo, que pode desafiar novamente o sistema de saúde. “Não terminamos ainda a covid. Temos muitos problemas de vacinação e pessoas com muitas sequelas. Agora vem a varíola dos macacos e não temos vacina em quantidade suficiente para ela. É uma situação grave e nós temos a necessidade de ter ampla divulgação para evitar uma contaminação em massa”, salienta o presidente do Conselho Estadual de Saúde (CES/RS), Claudio Augustin, que comenta que a doença está no Brasil e no Estado e teve gente que já morreu em razão dela, por isso é um problema sério de saúde pública. “Nós solicitamos à Secretaria Estadual de Saúde que providencie o quanto antes os imunizantes. Sabemos que é difícil, mas o Estado deve comprar, mesmo que haja dificuldade.”