Importantes entidades presentes na economia gaúcha acreditam que a adesão do Rio Grande do Sul ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) pode viabilizar avanços para o Estado, mas não é garantia dessas mudanças.
“Entendemos que o momento é muito importante, mas não é a solução do problema. Na nossa ótica, ainda temos muito a fazer para conseguir, de fato, termos orçamento público do Estado em condições adequadas”, opina Anderson Cardoso, presidente da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul (Federasul).
Segundo ele, “o RRF contribui para o enfrentamento da crise, mas não faz superar a crise”. “Temos grandes desafios pela frente”, afirma.
Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Petry, o principal ganho com o RRF é a abertura de novas possibilidades de contratação de crédito para que o Estado gaúcho possa realizar investimentos. “O RS há muito tempo tem dificuldade de caixa e dificuldade de investir. O RRF permite acessar fundos de financiamento para fazer novos investimentos, não só para a indústria, mas para toda a sociedade gaúcha”, afirma Petry.
Ele elenca algumas áreas prioritárias para a destinação destes investimentos: “Se for falar com o pessoal da agricultura, vão dizer que precisamos de barragens para evitar essa seca pela qual estamos passando. Nós, da indústria, vamos dizer que queremos portos que atendam mais rápido para melhorar a questão logística. O pessoal da infraestrutura vai dizer que precisamos de mais estradas. É uma série de coisas, mas o momento é muito importante para isso e estamos satisfeitos com essa aprovaão”, afirma o presidente da Fiergs.