A propaganda eleitoral na TV aberta e rádio terá início na próxima sexta-feira e prossegue até 29 de setembro para os candidatos que concorrem no primeiro turno. Para quem disputar o segundo turno, o horário eleitoral gratuito acontecerá entre 7 e 28 de outubro. Os presidenciáveis começam a definir suas estratégias para a campanha na disputa do voto do eleitor.
A equipe de campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por exemplo, diante das últimas pesquisas de intenção de voto, começa a articular estratégia para conter a rejeição do petista. Os recentes pronunciamentos de Lula demonstram que ele se coloca como o candidato da esperança e da conciliação, relembrando os avanços na época, e associar a figura do presidente Jair Bolsonaro ao discurso de ódio, à fome e ao desemprego.
Já o QG do presidente Jair Bolsonaro (PL) deve investir na ofensiva do antipetismo. Segundo integrantes da equipe que toca a campanha à reeleição, a ideia é fazer com que o eleitor, principalmente o indeciso, seja lembrado do quanto já rejeitou o PT, citando os escândalos do Mensalão e do Petrolão. Outra ação é demonizar a figura de Lula ao segmento evangélico e relembrar o período em que o petista ficou preso, associando-o ao escândalo do petrolão. E a ideia é lembrar figuras como Delúbio Soares e José Dirceu.
A estratégia sinalizada por Ciro Gomes (PDT) até o momento é se colocar como alternativa à polarização nas eleições, de olho no antipetismo e o antibolsonarismo.
Também vai retratar junto ao leitor o ambiente de inflação, desemprego e confusão política. E defender a tese de que o Lula e o PT representam o atraso que produziu Bolsonaro. E mostrar ao eleitor que estando fora da polarização tem um verdadeiro projeto de País.
A campanha de Simone Tebet (MDB) vai apostar suas fichas no eleitorado feminino. A estratégia tem razão eleitoral de ser, já que as mulheres são, hoje, o eleitorado mais indeciso e também o mais volátil, ou seja, que está propenso a mudar de voto. A candidata vai apresentar as mazelas do governo do PT e comparar com as manobras do governo junto ao ‘Centrão’ através do orçamento secreto e propor um projeto de “reconstrução do Brasil”.