A vitória apertada de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa pela Presidência da República com pequena vantagem no número de votos sobre Jair Bolsonaro (PL) mostra como será complexa a operação política à frente do petista. Lula terá que acomodar os 10 partidos de sua coligação, mais os aliados que obteve no 2º turno (com Simone Tebet puxando a fila) em um governo que já nasce tendo a oposição cerrada dos bolsonaristas.
Mesmo que venha a criar mais de 10 ministérios ao assumir, podem faltar cargos para acomodar todos os aliados –e os eventuais dissidentes do Centrão que possam desejar desertar do bolsonarismo e aderir à administração federal do PT. O presidente eleito também terá de suplantar a tese de alguns aliados de ocasião de que seu novo governo será apenas uma “transição” entre a “ameaça bolsonarista” e a “retomada da normalidade”. Mas o maior desafio imediato de Lula será dar uma resposta consistente sobre como vai encontrar mais de R$ 100 bilhões para consertar o rombo no Orçamento de 2023, que poderá ser aprovado ainda na gestão Bolsonaro.
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