O Produto Interno Bruno (PIB) cresceu 1,2% no segundo trimestre deste ano, com a recuperação do mercado de trabalho e medidas de estímulo à economia impulsionando o consumo. O setor de serviços, motor na economia, cresceu com força com a retomada de eventos presenciais e também ajudou no bom resultado, que superou o do primeiro trimestre. De abril a junho, o PIB do Brasil teve o sétimo maior crescimento do mundo.
A mediana das projeções de economistas era de alta de 0,9%. Nos três primeiros meses do ano, o PIB havia avançado 1%.
Com o resultado, a atividade econômica ficou 3% acima do último trimestre de 2019, antes da pandemia, e bastante próxima do pico da série histórica, registrado no primeiro trimestre de 2014: está apenas 0,3% abaixo dos três primeiros meses de 2014.
O saque extraordinário de R$ 1 mil do FGTS, entre maio e junho, foi um dos fatores que contribuíram para a expansão da atividade econômica, assim como o adiantamento do 13º salário de servidores. Com mais dinheiro em mãos, trabalhadores puderam comprar mais produtos e serviços.
O consumo das famílias cresceu 2,6% no segundo trimestre, maior alta desde o quatro trimestre de 2020 (+ 3,1%), alcançando o maior patamar da série e superando o pico de 2014. Em relação ao segundo trimestre do ano passado, o indicador saltou 5,3%.
Segundo a coordenadora de Contas Trimestrais do IBGE, Rebeca Palis, além das medidas de estímulo, o avanço no consumo é explicado pelo retorno das atividades presenciais, pela melhora no mercado de trabalho e por um avanço de 25% no crédito neste período.
A população ocupada vem renovando recordes e, embora o rendimento ainda esteja baixo do registrado em 2021, ele vem crescendo nos últimos meses.