Na perspectiva dos gurus da terapia atuais, o homem é interpretado como um eterno incauto, ingênuo e ignorante, um manancial de idiotas prontos para serem explorados por terapias pseudocientíficas. Esses “mestres” da cura afirmam possuir segredos milagrosos, como a “colonterapia” que promete desintoxicar o corpo através de métodos duvidosos e inacreditáveis, mas na verdade, estão apenas enchendo os bolsos às custas da tolice alheia.
Vivemos em uma época de achismos e pajelanças energéticas, onde bruxarias da era medieval, como a ingestão de “barro imantado” de um vulcão por 50 euros o frasco, ganharam um makeover “científico” para enganar os desavisados. Misturar creolina com óleo diesel não vai curar câncer no estômago, assim como terapias baseadas em “energias taquiônicas” não transformarão ninguém em um ser imortal e eternamente saudável e forte.
É lamentável como esses charlatães contemporâneos, disfarçados de “gurus”, se aproveitam da vulnerabilidade de indivíduos em busca de respostas e soluções para problemas reais. Alegam ter o conhecimento esotérico e segredos milenares, quando, na realidade, o que têm são fórmulas mágicas para enriquecer à custa da saúde e das economias alheias. A ciência, ao longo dos anos, proporcionou avanços inestimáveis na compreensão da medicina e da saúde, e é ela que devemos abraçar. Não podemos mais permitir que o obscurantismo medieval disfarçado de modernidade continue a prosperar. Colchão com pedras coloridas magnetizadas não curam fraturas em nervos ou na coluna. O homem contemporâneo merece uma abordagem baseada em evidências, não as promessas vazias de terapias pseudocientíficas.
É hora de dizer “não” aos vigaristas da cura milagrosa e dizer “sim” à verdadeira ciência e medicina. Devemos ser críticos, questionadores e exigir a transparência e a prova de eficácia e o número do CPF dos possíveis charlatões antes de cair nas garras desses exploradores. Nosso bem-estar não pode ser tratado como um jogo de adivinhação. O homem contemporâneo merece respeito, informação e cuidados de qualidade, não promessas vazias e bruxarias disfarçadas de terapias. No final, recordemos o antigo ditado: “In scientia veritas,” que significa “Na ciência, a verdade.” Confiança na ciência é nossa luz no caminho, não no mero achismo ou especulação de momento.