O candidato ao Senado Federal Olívio Dutra (PT) quer atuar pelo fortalecimento do pacto federativo e da democracia. Em entrevista ao JM, o ex-governador destaca sua trajetória e o trabalho que pretende desenvolver no Congresso Nacional.
Olívio lembra a sua atuação como gestor no Executivo, tanto da Prefeitura de Porto Alegre quanto no Estado, assim como da sua atuação como deputado constituinte em 1988. “Nestes meus 81 anos de idade sempre defendi, ao assumir a gestão pública, a defesa do estado de direito e republicano, que o governo não seja propriedade de um governante, de seus familiares, partidários e financiadores de campanha. Que a gestão seja transparente com o controle público e não algo pessoal que funcione para poucos.”
Ele conta que no Senado, quer representar o Estado em todas as suas particularidades, dificuldades, desafios e desigualdades, “Quero trabalhar pelo desenvolvimento equilibrado em nosso Estado em parceria com o futuro presidente Lula e aqui no Rio Grande do Sul com Edegar Pretto. É preciso promover um desenvolvimento atento as diferenças num Estado onde há regiões que circulam mais riquezas, e outras são mais empobrecidas. Vai ser fundamental trabalhar as vocações locais.”
Outra frente que pretende atuar e na mobilização no combate a fome no Estado. “O Rio Grande do Sul tem 1,2 milhão de pessoas passando fome. É preciso uma ação imediata, porque quem tem fome. Quero respaldar esse trabalho num mandato coletivo.”
Olívio diz que vai trabalhar por uma legislação que possibilite que o parágrafo primeiro da Constituição Federal no seu artigo 174 que estabelece as diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento nacional. “É preciso um planejamento econômico equilibrado e que se combate o orçamento secreto de mais de R$ 60 bilhões. O orçamento tem que voltar sua integralidade ao interesse coletivo e não do particular e eleitoreiro.”
O candidato diz que vai defender no seu mandato coletivo a agricultura familiar, a agropecuária de médio porte, a micro e pequenas empresas, a recuperação da Saúde e da Educação.
Ações para o fortalecimento da democracia no País é outra meta. “Hoje se vive a cultura do ódio. É preciso enfrentar isso e fazer com que as pessoas possam conviver respeitando as diferenças. Ao invés de armas vamos distribuir livros.”