Acerta muito quem defende que não é atacando adversários políticos que se vai governar melhor. Uma campanha precisa de propostas, de candidatos dispostos e empenhados em apresentar soluções. Que saibam mostrar as conquistas do que já foram capazes de fazer em cargos quando eleitos porque não se vive só de promessas. Acerta muito também o eleitor que busca, no Horário Eleitoral Gratuito, ou em debates e entrevistas, reconhecer aqueles e aquelas que em seus discursos falem mais de projetos que de pessoas.
O Rio Grande do Sul e o Brasil merecem governos construídos sem ódio, sem polaridades que só jogam no abismo as chances de recuperação da economia, com mais trabalho e renda, com efetivo combate à inflação e sem malabarismos eleitorais que não se sustentarão a partir de dezembro. Merecemos, afinal, que nossa população não passe fome, sobretudo, porque somos um país de dimensão continental, com terras onde se pode plantar e tudo cresce e porque somos um dos maiores países do mundo em produção de alimentos. Não é possível que nossa atividade primária continue sendo exclusivamente exportadora ou cujos dividendos revertam apenas aos donos de terras sem promover de fato o desenvolvimento de nossa gente.
Precisamos de um governo que governe para todos e não apenas para grupos de interesse corporativo como os que acabam se beneficiando de privilégios e garantias. De quem seja contra as aposentadorias cumulativas e contra funcionários públicos que ganham rendimentos mensais acima do teto de Lei em função de tratamento diferenciado a setores do Estado, como quando criadas categorias exclusivas para magistrados, policiais, políticos ou militares.
Acerta quem enxerga tudo isso como errado e quer um Brasil diferente, mais justo, sem corrupção, sem mansões milionárias compradas com dinheiro vivo ou sítios e apartamentos encobertos com verbas públicas. Sem petrolão, sem mensalão, nem orçamento secreto, ou desvios de verbas no Ministério da Educação para atender protegidos e favorecer alguns prefeitos e líderes religiosos.