O número de assassinatos no País continua em queda em 2022, segundo o índice nacional de homicídios, com base nos dados oficiais dos 26 Estados e do Distrito Federal. Foram 20,1 mil assassinatos nos primeiros seis meses deste ano, o que representa uma queda de 5% em relação ao mesmo período do ano passado. Mesmo assim, o número é elevado: em média, mais de 111 brasileiros foram assassinados, por dia, no primeiro semestre de 2022.
Em 2021, o Brasil teve uma queda de 7% no número de assassinatos, como apontou levantamento. Foram 41,1 mil mortes violentas intencionais no País no ano passado, o menor número de toda a série histórica do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, (FBSP) que coleta os dados desde 2007.
Segundo especialistas do FBSP e do NEV-USP, o menor número de mortes é motivado por um conjunto de fatores, incluindo: mudanças na dinâmica do mercado de drogas brasileiro; maior controle e influência dos governos sobre os criminosos; apaziguamento de conflitos entre facções; políticas públicas de segurança e sociais; e redução do número de jovens na população.
Os dados do primeiro trimestre de 2022 apontam que houve aproximadamente 1,1 mil mortes a menos que no mesmo período de 2021. Na contramão do País, sete Estados registraram alta nas mortes: Minas Gerais, Piauí, Alagoas, Pernambuco, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia. No Rio Grande do Sul, a redução é de 1,9%, mas os feminicídios, que são os assassinatos de mulheres em contexto de gênero, seguem no sentido contrário, com elevação de 12,2%. Os latrocínios — roubos com morte — tiveram diminuição de 3,4%, no comparativo.
Em Ijuí, com as três mortes registradas em agosto, o total de mortes por assassinatos voltaram a crescer e já superam, em números o total do ano passado no mesmo período do ano (janeiro a agosto). Foram cinco mortes violentas na cidade no último ano, contra seis em 2022. A maior parte dos homicídios tem vinculação com o tráfico de drogas e cinco dos que ocorreram neste ano já foram solucionados.
A última morte violenta ocorreu na terça-feira, quando Henrique Correia Nunes, 63 anos, foi morto a tiros dentro de uma oficina, localizada na avenida Coronel Dico. Até o momento, o caso segue em investigação e os autores não foram localizados.