A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) acredita que a sanção do presidente Jair Bolsonaro ao piso da Enfermagem poderá gerar impacto de R$ 9 bilhões/ano nas contas das prefeituras.
Prefeitos e governadores pressionaram contra a medida, isso porque, a maioria dos profissionais da área são vinculados a Estados e municípios e o impacto financeiro da instituição do piso recairá principalmente sobre eles.
O presidente da Associação dos Municípios do Planalto Médio (Amuplam) e prefeito de Ajuricaba, Ivan Chagas, reconhece a importância do piso para categoria, mas que vem em um momento difícil para as contas públicas. “Ele vem um momento sem preparação nenhuma, sem trazer algo que nos embase. Nós temos orçamento e ele é para o ano. Agora chega na metade do ano e temos que mudar o orçamento. Como iremos fazer isso? A nossa folha de pagamento como vai ficar”, questiona o gestor municipal.
Chagas disse que nos próximos dias os prefeitos da Amuplam vão se reunir para debater o tema, pois segundo ele, tem prefeituras que não conseguem comportar o valor”, reforçou.
O JM procurou o secretário municipal de Saúde de Ijuí, Marcio Strassburger, para saber qual o valor do impacto nas contas do município com o aumento do piso salarial. Segundo o gestor, como o piso foi sancionado na quinta-feira, ele encaminhou ontem um pedido para a Secretaria de Administração realizar o levantamento.