No encontro entre o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, realizado ontem, ficou acertada a possibilidade de as áreas técnicas da Corte e das Forças Armadas apresentarem, em conjunto, um projeto-piloto para atender a demanda dos militares sobre o teste de integridade das urnas eletrônicas.
Segundo informou o TSE, por meio de nota, durante o encontro “ficou reconhecida” a importância da manutenção da aferição nos equipamentos, “que ocorre desde 2002, como mecanismo eficaz de auditoria”. A ideia, de acordo com o tribunal, é que o projeto piloto utilize a biometria de eleitores reais em algumas urnas indicadas para o teste, conforme sugestão das Forças Armadas.
“A importância da manutenção da realização do Teste de Integridade, que ocorre desde 2002, como mecanismo eficaz de auditoria foi ressaltada por ambas as áreas técnicas, que apresentarão, em conjunto, a possibilidade de um projeto piloto complementar, utilizando a biometria de eleitores reais em algumas urnas indicadas para o referido teste, conforme sugestão das Forças Armadas no âmbito da Comissão de Transparência Eleitoral.”, esclarece nota divulgada pelo TSE.
O ministro da Defesa pretendia usar a conversa com Moraes para reforçar a proposta dos militares de realizar o teste de integridade das urnas eletrônicas nas seções eleitorais. Hoje, os testes são realizados nos Tribunais Regionais Eleitorais no mesmo dia da eleição, e é acompanhado por empresa de auditoria externa. O objetivo é verificar se o voto depositado é o mesmo que será contabilizado pelo equipamento. Neste ano, o TSE ampliou de 100 para 600 o número de urnas testadas. No encontro foi feita a apresentação técnica dos estudos feitos por USP, Unicamp e UFPE.O TSE também reafirmou o compromisso de divulgação de todos os Boletins de Urna.