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sexta-feira, abril 19, 2024

Ministro discute projetos para indústria

O potencial do Rio Grande do Sul para energias renováveis foi discutido pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, ontem durante reunião com um grupo de empresários na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). Segundo ele, o Rio Grande do Sul pode se industrializar com tecnologia para gerar energia barata podendo, inclusive, exportar. “Temos no Estado tecnologia e capacidade industrial de ir na direção da economia verde que o mundo pretende alcançar até 2050”, ressaltou.

O ministro afirmou que é preciso incentivar e criar uma nova economia verde, neutra em emissões até 2050. O encontro contou com as presença do vice-presidente do Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul (Ciergs), Thomaz Nunnenkamp, e do coordenador do Conselho de Meio Ambiente da Fiergs, Newton Mario Battastini.

De acordo com Leite, o Brasil possui um volume de energia renovável e capacidade tecnológica suficiente para realizar o processo de forma inteligente e lucrativa, permitindo uma melhora na qualidade de vida da população e dando escala à economia verde. Entre as medidas adotadas pelo governo federal, segundo Leite, para incentivar esse processo, está a criação de um fundo do clima para financiamento de projetos de biometano e hidrogênio verde e um decreto de regulação do mercado de carbono.

O ministro afirmou que o governo federal trabalha na ampliação da capacidade instalada para geração de energia solar e eólica. Para ele, o potencial de energia limpa pode aumentar muito com os projetos de energia offshore, que é produzida no mar. O potencial de produção de energia offshore é de 700 GW, o que corresponde a 50 hidrelétricas de Itaipu. Leite disse que ainda existem desafios tecnológicos para exploração dessa energia, mas que já há estudos indicando investimentos de R$ 1 trilhão.

Nos próximos meses, o governo federal pretende publicar uma regulamentação para acelerar os processos. A portaria dos ministérios do Meio Ambiente e de Minas e Energia vai instituir uma plataforma única de gestão de áreas marinhas para produção de energia. Conforme Leite, a União pretende instalar mais de 60 parques eólicos em terra, no País, nos próximos anos.

O ministro afirmou que o Rio Grande do Sul tem potencial para gerar energia barata e atrelar com a indústria verde.

“A gente deve instalar nos próximos 10 anos mais 60 parques eólicos onshore (em terra). O Estado tem possibilidade de gerar energia bastante barata e atrelar a uma indústria verde com a menor pegada de carbono do Mundo e, com isso, exportar. Temos que aproveitar a nova geopolítica onde o Mundo está olhando para energia”, ressaltou.

O ministro afirmou ainda que o governo federal está atuando para regulamentar o uso da área marinha para desenvolvimento de parques eólicos. “A regulamentação deve ocorrer nos próximos meses para acelerar esse o processo”, destacou.

Para Leite, o maior desafio global atualmente é o da energia, com uma busca por energia renovável excedente e barata. “Há uma oportunidade gigantesca na eólica marinha, uma fronteira para produzir energia, uma das mais baratas do mundo, pelo mar, é nisso que o Mundo olha para o Brasil, ser um exportador de energia limpa”, acrescentou.

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