Após um ano de embates e questionamentos de militares sobre o processo de votação eletrônica, o Ministério da Defesa e a Polícia Federal (PF) validaram os sistemas que fazem funcionar as urnas que serão utilizadas nas eleições deste ano. Representantes das Forças Armadas e da PF participaram, ontem, de solenidade realizada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para lacração do sistema eletrônico.
A partir de agora, nenhuma alteração nos programas é permitida, a não ser que todas as entidades fiscalizadoras das eleições se reúnam para reabri-lo. O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que o encontro na sede do TSE mostrou “a segurança, a transparência, a seriedade e a confiança da Justiça Eleitoral nas eleições de 2022″.
“O TSE jogou luz sobre esse procedimento. Uma etapa burocrática das eleições nunca teve audiência tão completa como essa. Isso legitima cada vez mais a Justiça Eleitoral. Isso demonstra que a Justiça Eleitoral atua de forma pública, transparente e que confia nos seus sistemas”, afirmou Moraes. “Não há nada secreto no sistema eleitoral, a única coisa secreta é o voto”, completou.
Além dos das Forças Armadas e da PF, participaram do evento representantes da Controladoria-Geral da União (CGU), do Ministério Público Eleitoral, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Carter Center e da União Interamericana de Organismos Eleitorais (Uniore). O único partido a participar do procedimento foi o PTB, que na última quinta-feira, 1º, sofreu derrota no TSE ao ter o registro do seu candidato à Presidência, Roberto Jefferson, rejeitado.
Além dos militares, o TSE enfrenta um outro flanco de conflito com a PF. As duas instituições se apresentaram para fazer a inspeção dos códigos-fonte das urnas na véspera do término do prazo. Seus representantes deveriam ter entregado relatórios com as considerações sobre a segurança dos sistemas de votação, antes da cerimônia de lacração.