Na disputa mais acirrada na história do período democrático, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhou dos brasileiros o direito de voltar ao Palácio do Planalto no dia 1° de janeiro de 2023. Dado como morto politicamente ao ser preso pela Lava Jato e depois de 580 dias de cárcere, o petista conseguiu a vitória após uma disputa intensa e, por vezes, até selvagem contra o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. A vitória, com 50,90%, veio após uma aliança no segundo turno impulsionada pelo forte sentimento antibolsonarista, que fez com que figuras de diferentes matizes ideológicos acabassem abraçando o candidato de esquerda.
Para vencer Bolsonaro, Lula teve trabalho. Precisou reunir rivais históricos, colocando na chapa, inclusive, um dos maiores representantes deles: Geraldo Alckmin, ex-PSDB e hoje no PSB, contra quem disputou as eleições de 2006. No segundo turno, contou com Simone Tebet (MDB), terceira colocada na primeira etapa da votação, e o PDT de Ciro Gomes, quarto colocado. Eis o símbolo da estratégia do futuro presidente para conseguir atropelar o sentimento antipetista que levou Bolsonaro ao poder em 2018. Lula venceu agregando mais do que o chefe do Executivo, que governou confrontando outros Poderes, governadores, prefeitos, organizações não governamentais e líderes mundiais.
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