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segunda-feira, dezembro 11, 2023

Inflação no Brasil cai em relação à mundial

A queda nos preços dos combustíveis ajudou a inflação ao consumidor no Brasil a se aproximar da média das maiores economias desenvolvidas e emergentes, algo que não ocorria há dois anos, segundo levantamento do banco UBS BB.

O País ainda sofre, no entanto, uma forte pressão dos preços de bens industriais, e a inflação de serviços também ressurgiu como fator de preocupação, após dois anos rodando abaixo da média de 13 economias analisadas pela instituição financeira. Entre elas, EUA, Zona do Euro, México, Índia, Rússia e Chile.

Desde julho de 2020, a inflação acumulada em 12 meses no Brasil se mantém acima da média dessas economias. Somente em abril deste ano essa diferença começou a cair de forma consistente. Depois de chegar ao pico de 5,62 pontos percentuais em setembro do ano passado, estava em 0,92 ponto em julho deste ano.

A expectativa do UBS BB é que o IPCA (índice de preços ao consumidor) retorne a essa média até o final de 2022. Com isso, depois de terminar 2021 com a maior inflação nesse grupo, o Brasil deve ficar à frente apenas do Canadá e próximo de EUA e África do Sul neste ano.

No ano passado, boa parte dessa diferença foi explicada pelos preços de energia elétrica e combustíveis, que atualmente estão abaixo dessa média, após o fim da bandeira de escassez hídrica, com a cobrança adicional na conta de luz de consumidores e empresas, e medidas adotadas pelo governo para reduzir o preço de combustíveis e os tributos sobre esses itens durante o período eleitoral.

Os alimentos estão entre os vilões da inflação brasileira desde 2020, mas hoje estão em linha com a média dos países analisados. A expectativa do mercado é uma desinflação desses itens, na esteira da desvalorização recente dos preços de commodities como soja, trigo e milho. Internamente, no entanto, o item ainda pesa no orçamento do brasileiro, principalmente dos mais pobres.

Um terceiro componente dessa inflação mais elevada foram os bens, que atualmente são os principais responsáveis por um IPCA ainda mais elevado por aqui, embora essa diferença tenha parado de crescer. A inflação de serviços, que ficou abaixo da média por cerca de dois anos, agora começa a chegar de forma mais forte no Brasil.

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