O advogado e economista Fernando Haddad (PT) assumiu ontem reafirmando o compromisso de enviar ao Congresso Nacional ainda no primeiro semestre a proposta de um novo arcabouço fiscal, em substituição ao teto de gastos.
Em seu primeiro discurso após ser empossado no cargo, Haddad buscou passar uma mensagem de responsabilidade com as contas públicas, combate à inflação e prioridade aos temas sociais. “Não estamos aqui para aventuras. Estamos aqui para assegurar que o País volte a crescer para suprir as necessidades da população naquilo que são seus direitos constitucionais em saúde, educação, no âmbito social e, ao mesmo tempo, para garantir equilíbrio e sustentabilidade fiscal”, disse.
Embora o discurso de responsabilidade social e controle do endividamento tenha sido repetido pelo novo governo desde que Haddad foi indicado para a Fazenda, investidores e economistas têm mostrado preocupação com indicativos de aumento dos gastos públicos e de maior intervenção estatal na economia.
Ontem, no primeiro dia do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o mercado aberto, o dólar abriu em forte alta, que chegou a superar 1%.
Em seu discurso, Haddad deu recados e procurou responder justamente às principais preocupações do mercado financeiro. “Um Estado forte não é um Estado grande, um Estado obeso. É um Estado atuante”, afirmou. “Não somos dogmáticos, somos pragmáticos, queremos resultados, mas seguimos princípios e valores.”
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