O maior clássico do Brasil colocou frente à frente, no último domingo, duas equipes em crise. Mais do que buscar a reabilitação, o jogo era perigoso para ambos, pois uma derrota colocaria mais animosidade e pressão, tanto nos elencos, treinadores, quanto nas direções das equipes. Nesses momentos, quem ganha é quem se impõe,tanto fisica, como taticamente, e também, na qualidade técnica. Foi o que aconteceu. Com um gol gigantesco e uma partida praticamente impecável, Luis Suárez, usou de todas as suas armas e conquistou a vitória para o Tricolor. Fez golaço, deu assistência e saiu aplaudido pela torcida. O Inter, por outro lado, perdeu o jogo nas divididas. Somente no segundo gol gremista, os defensores colorados não conseguiram tomar a bola dos adversários em quatro tentativas. Este é o reflexo do atual elenco, que não apresenta ímpeto, indignação e não consegue dar uma resposta ao torcedor de que haverá melhora a curto prazo. Outra questão aparente é a que envolve a direção do Internacional. A não apresentação do presidente Alessandro Barcellos na coletiva de imprensa após o clássico foi praticamente um tapa na cara. É negar dar resposta ao torcedor. Outra escolha foi a demissão de dirigentes, e a manutenção do cargo de Mano Menezes, o mesmo que aconteceu no ano passado, com Alexander Medina e o então dirigente Paulo Bracks. Se a história se repetir, é questão de tempo até Mano ser demitido definitivamente.
RACISMO- As cenas vistas no último domingo envolvendo o craque brasileiro Vinicius Júnior, jogador do Real Madrid, que foi covardemente insultado de formas racistas na Espanha, em jogo contra o Valência, são repugnantes. Rodada a rodada, o jogador e o racismo aparecem e nada é feito. Embora distante, o fato em território espanhol não é isolado. Inúmeras vezes ataques desse tipo são feitos em várias partes, inclusive muito próximos de nós, no Rio Grande do Sul, da última, até a primeira divisão. O racismo não cabe mais no esporte, nem mesmo longe dele. Racismo é crime e quem cometê-lo deve ser punido devidamente. Basta!
