A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS) recomenda cautela para o setor em 2023. De acordo com o presidente da entidade, Vitor Augusto Koch, os lojistas devem estabelecer um maior planejamento nos negócios e ficar atentos a três grandes incertezas.
Uma delas é a pressão inflacionária e a consequente manutenção do nível de juros em alta ao longo de 2023. A entidade prevê quedas da Selic (taxa básica de juros no Brasil) pouco significativas durante o próximo ano. Outro ponto é o cenário da economia internacional, que pode influenciar a atividade no Brasil. O terceiro alerta está relacionado às contas públicas do País.
A FCDL-RS destaca que existe a necessidade de um resgate social, mas que isso deveria ser realizado de modo que não comprometa as contas públicas. Conforme a entidade, um desajuste fiscal, no médio e longo prazo, pode acabar prejudicando os mais pobres, com eventuais acelerações inflacionárias.
Se no ano de 2021 houve um crescimento econômico em diferentes setores decorrente da recuperação pandêmica, em 2022, pelo menos para o comércio do Rio Grande do Sul, o cenário segue positivo.
De acordo com o economista da Escola de Negócios da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs) e consultor da FCDL-RS, Gustavo Inácio de Moraes, este ano está sendo marcado pelo alta de novos empregos no setor e por um crescimento real do comércio de cerca de 5%. “Tivemos a melhor recuperação de empregos desde 2015”, ressalta.
Moraes explica que, no comércio, alguns segmentos tiveram maior desempenho do que outros neste período. É o caso dos supermercados e hipermercados, que tiveram uma excelente recuperação em 2022. Segundo ele, a boa performance também é verificada na comercialização de produtos com menor volume agregado.
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