A diretoria executiva do Esporte Clube São Luiz em entrevista ontem à tarde explicou os motivos que levaram à renúncia coletiva, cuja decisão foi tomada segunda-feira à noite e comunicada na manhã de ontem através de uma nota oficial.
O vice-presidente de marketing Rogério Hansen disse que a diretoria não seguirá à frente do clube a partir do mês de abril e que até o final deste mês executará o trabalho de transição. Após, seguindo as normas estatutárias o presidente do Conselho Deliberativo Vilson Hepp assume a gestão temporária do clube, convocando assembleia para um novo processo eleitoral, dentro do prazo do estatuto. Deve ser no final de abril.
Rogério Hansen destacou que todos os vice-presidentes e diretores permanecerão à disposição do clube para que o processo de transição ocorra de forma tranquila e dentro das normas estatutárias, até a efetivação de uma nova gestão.
Lembrou que o trabalho voluntário da atual diretoria se iniciou em 15 de setembro de 2020, já com o compromisso assumido com uma equipe em disputa nacional, sem público, renda e imensas dificuldades. Hansen recordou que o clube realizou campanha histórica até as oitavas de final. Ainda sem público, renda e com cota reduzida, o trabalho seguiu no Gauchão 2021 onde a equipe conseguiu chegar à liderança em determinado momento, mas que não conseguiu classificação para as etapas finais.
O dirigente lembrou da manutenção do clube na 1ª Divisão do Gauchão em 2022 e nova competição nacional com baixo orçamento.Após, com o trabalho de muitos colaboradores, o clube confirmou a disputa da Copa FGF de 2022 e, de forma invicta, obteve a taça e a vaga para a Recopa Gaúcha e Copa do Brasil de 2023, nesta última, com classificação histórica no 19 de Outubro e concluindo o calendário até o momento finalizando um Campeonato Gaúcho, mantendo o clube na elite do futebol estadual. Segundo ele o combinado do atual grupo era a diretoria permanecer até o final do ano de 2022.
Rogério Hansen criticou os especialistas externos que interferiram muito na Baixada com palpites não conhecendo a realidade atual da agremiação.
O presidente Gerson Machado disse que não estava feliz em tomar essa decisão e esclareceu que a posição tomada pelo grupo diretivo de permanecer no clube por um certo período poderia ser revogada anteriormente. Existia sim um acordo interno com os vices-presidentes de que permaneceriam por um certo tempo e depois aconteceria um nova eleição.
Salientou que não estava preparado para assumir o cargo, não tinha a intenção de compor a segunda gestão de Lauro Hass. Acabou sendo convencido a integrar a chapa como primeiro vice-presidente. Posteriormente teve que assumir a presidência com a renúncia de Lauro Hass.Reconheceu que precisa retomar a vida familiar, cuidar da saúde e da vida profissional.
“Não consigo conciliar a presidência com a minha empresa. Tive um desgaste maior principalmente o psicológico”.
Afirmou que o clube se encontra em um bom momento financeiro e a próxima diretoria poderá administrar o São Luiz sem dificuldades. Nos últimos meses se dedicou 100% ao clube. Disse que pode haver mais apoio do Poder Público.
O presidente do Conselho Deliberativo Vilson Hepp parabenizou a diretoria pelo trabalho realizado. Disse que já tem planejada algumas ações para acontecer o mais rápido possível a transição.Hepp revelou que poderá ser candidato à presidência e inclusive já tem articulação neste sentido com o planejamento iniciado e alguns nomes segundo ele para a nova diretoria. A ideia é participar da Copa FGF.