No próximo domingo o Brasil comemora o “Dias das Mães”. A data, capturada pelo consumismo, logo de cara nos remete ao comércio, à compra de presentes, aos almoços em família, às encenações escolares, homenagens, propagandas repletas de estereótipos que atribuem conhecidos papéis às mulheres: um lugar de destaque numa família tradicional, em geral associado ao cuidado, à doçura, ao carinho, à passividade, ou, no extremo oposto, à romantização da luta, do sofrimento e do sacrifício personalizado nas ‘guerreiras’.
Neste dia, em tempos de mídias sociais não pode faltar o presente. Se ainda não o foram, filhas e filhos, que possuem, ainda, suas mães ao lado, correrão atrás de presentes dignos de postagem para garantir os likes do dia.
E você já pensou em qual presente vai dar para sua mãe, já garantiu a sua compra?
Meu convite aqui é refletirmos justamente sobre o presente, a presença, e o valor que damos às coisas. Em um mundo das coisas, das compras e da satisfação imediata, somos levados a acreditar que nosso maior bem ou valor é medido pela quantidade de dinheiro que temos. De fato, dinheiro é importante. Mas já parou pra pensar que essa corrida desenfreada consome talvez o bem mais precioso e escasso que temos: nosso tempo!
Com quem, ou o que você gasta seu tempo? Na vida de quem seu tempo é presença? Mães, avós, pães, sejam quem for, quanto do seu tempo e da sua presença atenta, interessada, afetuosa, paciente, empática, esta pessoa merece?
Pessoas valem mais que coisas.
Presença é mais relevante que presente.
Se for para ter presente, que ao invés de DAR, muito mais possamos SER!