Bolsonaristas radicais, golpistas e criminosos invadiram e depredaram no último domingo o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, sede da Presidência da República, em Brasília.
O ataque às sedes dos Três Poderes e à democracia é sem precedentes na história do Brasil. Os terroristas quebraram vidraças e móveis, vandalizaram obras de arte e objetos históricos, invadiram gabinetes de autoridades, rasgaram documentos e roubaram armas.
O movimento golpista que ocorria há semanas em Brasília, com um acampamento em frente ao QG do Exército, foi reforçado por mais de cem ônibus que chegaram de todo o País com cerca de 4 mil pessoas no último fim de semana, com ações combinadas por meio das redes sociais. Mesmo assim, o governo do DF não adotou medidas suficientes para proteger os prédios.
Por volta de 14h, os golpistas deixaram o acampamento e iniciaram uma caminhada de 8 km em direção ao Congresso, escoltados pela Polícia Militar.
Na Esplanada dos Ministérios, onde está o Congresso, a PM mantinha poucos homens. A barreira policial foi facilmente vencida pelos terroristas, que subiram a rampa do Congresso. Os poucos PMs tentaram conter a multidão só com spray de pimenta e tiveram que recuar. A Polícia Legislativa também não conseguiu evitar a invasão. Dentro do Congresso, salões da Câmara e do Senado foram depredados. O plenário do Senado foi invadido e vandalizado. Na sequência, STF e Palácio do Planalto, que ficam na Praça dos Três Poderes, também foram invadidos.
No STF, os terroristas destruíram tudo o que viram no plenário, onde os ministros fazem os julgamentos. A porta de um armário do ministro Alexandre de Moraes foi arrancada. Até comida eles roubaram. Os terroristas retiraram poltronas, molharam e rasgaram documentos. Todos os vidros da fachada do prédio foram quebrados.
No Planalto, gabinetes foram invadidos e vandalizados, incluindo o da primeira-dama, Janja da Silva. Móveis, TVs, computadores e itens de decoração foram quebrados. A tela “As Mulatas”, do pintor Di Cavalcanti, avaliada em R$ 8 milhões foi esfaqueada seis vezes.
O relógio de Balthazar Martinot, feito no século 17 e dado de presente a Dom João 6º, tem a restauração considerada como “muito difícil”. O gabinete de Lula tem uma porta com blindagem reforçada e não foi invadido. Vândalos destruíram a galeria de fotos dos ex-presidentes. Armas e munições de seguranças da presidência foram roubadas.
*A notícia completa está na versão impressa do Jornal da Manhã.