Projetos de cooperativas de infraestrutura gaúchas, que envolvem pequenas centrais hidrelétricas e novas redes de distribuição, programam injetar R$ 1 bilhão na economia do Estado somente em projetos de energia nos próximos três anos. Em 2022, foram aplicados R$ 700 milhões por meio de seis associadas (Certel, Ceriluz, Coprel, Certhil, Creral e Certaja). Os dados são de pesquisa inédita da Federação das Cooperativas de Energia, Telefonia e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul (Fecoergs), vinculada ao Sistema Ocergs.
A Ceriluz na construção da central hidrelétrica Augusto Pestana e da pequena central hidrelétrica Linha Onze Oeste está investindo R$ 173,5 milhões. Além do licenciamento para centrais hidrelétricas Ponte Nova e Coronel Barros, com implantação prevista para 2023.
Segundo o presidente do Sistema Ocergs, Darci Hartmann, as cooperativas do setor estão bem adaptadas e prontas para um grande crescimento do cooperativismo do Rio Granda do Sul já nos próximos anos. “A infraestrutura tem se mostrado de grande importância, liderando os projetos de investimento”, observa, pontuando que o crescimento tem sido exponencial também em todos os ramos do cooperativismo.
O gestor destaca também a importância desses investimentos para o agronegócio. “Sem energia não teríamos irrigação ou acesso à luz. Além disso, a conectividade tem sido um dos trabalhos mais importantes por sua função social. Sem estabilidade na energia ou conectividade, não há condições de trazer ou deter as pessoas no campo”, reforça.
Superintendente da Federação das Cooperativas de Energia, Telefonia e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul (Fecoergs) e membro do Conselho Administrativo do Sescoop/RS, José Zordan ressalta os frutos que esses investimentos rendem para o Estado. Ele destaca não apenas o fornecimento de energia elétrica, mas também a internet. “Essas ações possibilitam que muitas pessoas permaneçam no campo, principalmente os jovens. A cooperativa continua sendo uma entidade junto aos produtores rurais e da agricultura familiar que incentiva, participando do desenvolvimento e proporcionando emprego e renda”, diz.
As cooperativas têm procurado investir em subestações e no reforço de redes de energia para que os cooperados possam ter energia de qualidade e, assim, aumentar a produtividade. “Antigamente, era uma questão de falta de luz no campo. Hoje, é de força, de potência, para que, além do lado social proporcionado pela energia, os produtores possam fazer mais investimentos”, destaca Zordan.
*A notícia completa está na versão impressa do Jornal da Manhã.