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quinta-feira, dezembro 5, 2024

CONTADOR DE HISTÓRIAS

Entre jornais, blogs e sites, divulgo meus escritos para 10 publicações diferentes. Há algum tempo o número era bem menor. Mas ao longo do tempo, a pedido de amigos e colegas jornalistas, não resisti aos convites. Ao contrário de engordar a conta bancária, não ganho um centavo para cumprir este deleite que, com o tempo, se transformou em compromisso cumprido à risca.

Escrever exige disciplina, um mínimo de organização e nem sempre a inspiração é parceira fiel para socorrer cronistas poucos talentosos, como é o meu caso. Redijo meus textos no domingo e na segunda-feira, logo cedo da manhã, período em que tenho mais energia.

Aproveito as manhãs de domingos para ler textos que costumo guardar ao longo da semana. Este arsenal é composto de recortes de jornal/revistas, ideias rabiscadas em blocos de papel reciclados ou lembretes escritos na tradicional agenda de papel.

O cotidiano é a minha principal fonte de inspiração. O dia a dia é rico em personagens “da vida como ela é”, de carne e osso, sem socorrer-se da ficção. Episódios vivenciados ou testemunhados ao longo do dia são matéria-prima abundante. No trânsito, na fila do supermercado, na sala de espera do dentista ou médico é possível capturar histórias incríveis, ricas em humanismo.

As crônicas que tratam de costumes sempre têm grande repercussão junto ao público leitor. Quando estes textos incluem cenas de família, principalmente tendo os filhos como protagonistas, ocorre uma simbiose instantânea entre cronista e público. Causos pitorescos e bem humorados resultam em bom índice de leitura.

Apesar do esforço deste cronista é sempre difícil auferir a repercussão dos conteúdos junto aos leitores. É pequeno o contingente de pessoas que enviam mensagem com opinião através do e-mail. Mesmo assim faço questão de colocar o endereço eletrônico às crônicas para conhecer não apenas a impressão de quem lê, mas também para saber de que município provém a mensagem.

Neste momento de radicalização é cada vez mais difícil escrever de maneira equilibrada, com conteúdo e cujo teor seja capaz de despertar interesse. Ser narrador do cotidiano, mais do que nunca, exige esforço, sensatez e perspicácia. Sem ser chato, é claro!

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