Uma doença silenciosa na maioria dos casos, mas considerada uma das principais causas de infarto e acidente vascular cerebral (AVC). Assim pode ser definido o colesterol elevado, que atinge 40% da população brasileira, de acordo como Ministério da Saúde.
O alto índice de colesterol é considerado um dos fatores para o surgimento de doenças cardiovasculares. Dados do Ministério da Saúde revelam que quatro em cada 10 brasileiros apresentam colesterol alto. Entre os adolescentes, de 12 a 17 anos, 20% têm os níveis de colesterol alto.
O colesterol, em si, não é um problema: trata-se de uma gordura responsável por manter as células em funcionamento para produção de hormônios e da bile, metabolização de vitaminas, entre outras funções importantes do organismo. Além disso, está presente em diversos órgãos, como coração, cérebro, fígado, intestinos e músculos.
Estima-se que o corpo produza, no fígado, cerca de 70% do colesterol; o restante é resultado da alimentação.
O excesso de colesterol, entretanto, principalmente do chamado colesterol LDL, ou colesterol ruim, é um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC) ou derrame. O “colesterol bom” é conhecido como HDL.
O excesso de colesterol pode se depositar nas paredes das artérias, fazendo com que elas fiquem obstruídas e o sangue pare de chegar ao coração; no caso das artérias cerebrais, pode ocorrer o AVC ou derrame cerebral, ao contrário do colesterol bom, que faz o contrário: ao invés de ir para as artérias e se acumular, ele limpa o colesterol (ruim) que está acumulado nos tecidos.
Diminuir o colesterol ruim e aumentar o bom pode evitar esses problemas. Para isso, de modo geral, são necessárias duas situações: dieta saudável e atividades físicas na rotina do paciente. Assim, é possível evitar que o ele desenvolva doenças cardiovasculares, responsáveis por cerca de 400 mil mortes por ano no Brasil, de acordo com Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). A indicação para evitar o colesterol elevado é, primeiro, evitar dois tipos de alimentos: as gorduras saturadas (aquelas de origem animal, como manteiga, nata, queijo, creme de leite, banha) e as gorduras trans. Excluídos esses, o conselho é manter uma alimentação rica em fibras, com baixo teor de gorduras saturadas, e incluir na dieta óleos vegetais, castanhas, carnes magras, peixes, e alimentos com baixo teor de carboidratos.
Há casos nos quais nem uma alimentação saudável e hábitos de exercícios são capazes de resolver o colesterol elevado, devido a problemas no funcionamento do fígado. Por isso as pessoas têm de fazer exames periódicos de sangue e para identificar e minimizar os efeitos da doença.