A chefia da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, desde a semana passada, está sob nova coordenação. Na titularidade, um velho conhecido com atuação na região e vasta experiência no interior do Estado, o delegado Fernando Sodré.
Anteriormente delegado regional de Santo Ângelo, o novo chefe da Polícia Civil gaúcha, em entrevista ao JM, declarou que encara a nova função como o maior desafio da carreira. Ele também cita as prioridades e destaca que busca ampliar a atuação policial e continuar o trabalho realizado no programa RS Seguro, que contribui para a redução de crimes violentos e dos índices em todo o Estado.
“Temos várias questões de polícia judiciária para aprofundar e cada vez mais melhorar para resolver, como o enfrentamento das organizações criminosas e a descapitalização desses grupos, assim como o atendimento à sociedade, investigação de crimes que envolvem grupos vulneráveis. Temos que criar uma mentalidade cada vez mais voltada a uma polícia eficaz, mas que respeite e tenha os direitos humanos como prioridade”, destaca Sodré.
O delegado relata que é necessário cumprir uma série de ações fundamentais para a atuação para a polícia do século 21, que contribui para que o órgão atenda a necessidade da população, seja tanto na questão da segurança pública, quanto na tranquilidade pública e direitos de garantias individuais.
Sobre a preocupação com a interiorização do crime organizado, onde se tem registros de aumentos, principalmente em homicídios em determinadas cidades gaúchas, como Santa Maria e Rio Grande, Sodré detalha que esta é uma preocupação e, assim como na região Metropolitana, a Polícia Civil gaúcha também estará atenta a essa questão nas demais regiões do Estado. “Vamos trabalhar para enfrentar e criar uma estrutura em nível de Polícia Civil que se possa melhorar o enfrentamento da criminalidade violenta, tanto nas cidades onde as organizações estão instaladas e têm efetividade maior, quanto nas cidades menores, para onde estão migrando. Nessa migração queremos atuar forte para continuar a manter o interior livre desses grupos criminosos”, salienta o delegado, que lembra que o interior sempre foi um local no qual a Polícia sempre atuou com excelência.
A prioridade, de acordo com o novo chefe de Polícia, está na busca por melhorar o atendimento à população e na procura por melhor atender os grupos vulneráveis, que precisam de uma atenção maior do Estado, em razão da vulnerabilidade social. Há também prioridade no enfrentamento aos grupos criminosos, em especial no crime de lavagem de dinheiro praticado por essas organizações.
Este, inclusive, era um dos focos que já vinham sendo trabalhados pela Polícia Civil nos últimos anos. “A intenção é descapitalizar as estruturas dessas organizações. Vamos intensificar nossas operações policiais e procurar ter maior efetividade nas nossas ofensivas para dar visibilidade e força no combate à violência e intimidar o crime organizado e os criminosos em geral.”
*A notícia completa está na versão impressa do Jornal da Manhã.