Pouco mais de três décadas após o início da pandemia de aids, a ciência ainda não chegou à cura para a doença e também não conseguiu uma vacina. No dia mundial de Luta contra a Aids, a prevenção é lembrada como a melhor forma de evitar a doença e suas consequências. Síndrome de extrema gravidade no século passado, causada pelo vírus HIV, ela possui tratamento, mas os dados de contaminação seguem em alta, mesmo com diversas campanhas de alerta.
No Rio Grande do Sul, os números não são animadores. Pelo contrário, os índices regionais seguem preocupantes, já que o RS apresenta dados piores do que a média nacional.]
Segundo novo boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde (MS), o RS apareceu em quarto lugar no ranking dos Estados com mais casos confirmados de HIV em 2021, com 24,3 contaminados a cada 100 mil habitantes. Esse número segue, por mais um ano, acima da média nacional, que é de 16,5 a cada 100 mil.
Dados do boletim epidemiológico também apontam que, enquanto no Brasil a média é de 4,2 mortes a cada 100 mil habitantes com HIV, o RS é o Estado com o maior índice de mortalidade, com 7,7 óbitos/100 mil habitantes em 2021.
Em Ijuí e nos municípios atendidos pelo Serviço de Atendimento Especializado (SAE), neste ano, foram notificados 41 pacientes com HIV. Em comparação a 2021, o número de registros segue na média. Somente de Ijuí, foram 24 notificações em 2022. Ao todo, estão em acompanhamento pelo SAE 792 pacientes com aids.
O grupo de pessoas com maior concentração de casos na região de Ijuí é o de adultos jovens, entre 25 e 39 anos, sendo o índice bem parecidos entre homens e mulheres. Segundo o boletim do Ministério da Saúde, esse intervalo de idades também tem a maior concentração de casos no País, sendo 51,7% do sexo masculino e 47,4% do sexo feminino.
Segundo a coordenadora do SAE, enfermeira Elisandra Baldo Dalla Rosa, também há crianças, idosos e gestantes portadores do vírus. O HIV pode ser transmitido pelo sangue contaminado, relações sexuais sem uso do preservativo, e transfusão vertical, quando acontece da mãe para o filho e na amamentação
Por muitos anos, ter o diagnóstico positivo do vírus causador da aids era considerado uma sentença de morte. Com o avanço dos tratamentos, um paciente soropositivo pode ter uma vida saudável hoje.
*A notícia completa está na versão impressa do Jornal da Manhã.