Dos 18 eventos internacionais realizados desde 2003 pela Federação Internacional de Canionismo, só um ocorreu no Brasil — uma década atrás, em 2012, na Serra da Canastra (MG). Em setembro próximo, a segunda sede brasileira será nos cânions da região dos Aparados da Serra, envolvendo nove municípios de dois Estados: SC e RS.
A partir de Praia Grande (SC), cerca de 200 praticantes autônomos deste esporte de aventura partirão, durante 10 dias, para explorar as belezas de uma das maiores cadeias de cânions verdes do mundo e que receberam a chancela como Geoparque Mundial pela Unesco.
Há por enquanto, entre os inscritos, esportistas de 14 países, dispostos a percorrer 17 vias revisadas e sinalizadas — a mais curta é uma de “cachoeirismo”, com três rapéis e duração de duas horas; a mais longa, com 19 rapéis, leva cerca de 22h30, considerando deslocamentos de carro para ida e volta.
Um outro ícone da região é o cânion dos Índios Coroados, no final da Serra do Faxinal. Com 1,5 quilômetro de extensão e 700 metros de profundidade, é considerado um dos gigantes dos Aparados e classificado como muito difícil, exigindo elevado conhecimento técnico, condicionamentos físico, mental e emocional — a duração é de 8 a 12 horas.
No Brasil, os principais pontos são as serras de Minas Gerais e as chapadas dos Veadeiros (GO) e Diamantina (BA). Os cânions do RS e SC estão entre os mais bonitos, mas também os mais extensos, com água mais fria, aumentando a dificuldade.
O 19º RIC (Rassemblement Internationale de Canyon) será realizado de 16 a 25 de setembro, na Praia Grande (SC).
Haverá práticas de canionismo e atividades como palestras, oficinas, mesas-redondas, vernissagens e conferência médica. Três livros serão lançados, incluindo o Guia dos Cânions dos Aparados da Serra Geral, assinado por Tatiana Bressel e Leandro Bazotti. Inscrições e informações: ricbrasil2022.org