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quinta-feira, novembro 14, 2024

Aras diz que MP vai atuar por eleições sem violência

Em meio a um embate envolvendo a operação contra empresários bolsonaristas, o procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou ontem que está ‘envidando esforços’ para manter todo o Ministério Público ‘trabalhando para que tenhamos eleições sem violência, pacificas e ordeiras’. “É um trabalho que está sendo realizado como no ano passado (com relação ao 7 de Setembro), de uma força discreta, embora aqui já declarada, porque não é mais segredo. Mas é bom que a sociedade saiba que a nossa instituição está cumprindo com seu dever”, afirmou.

O PGR indicou, ainda, que pretende manter funcionamento regular da Procuradoria no dia 6 de Setembro, às vésperas do feriado da Independência, para que tanto os trabalhos na área eleitoral como os ‘ordinários’ sejam executados normalmente.“Esperamos que a festa cívica de 7 de setembro ocorra como uma grande festa nacional, assim como as eleições também ocorram, estamos cuidando para que isso se mantenha pelas nossas melhores tradições cívicas brasileiras”, indicou ainda. A declaração de Aras se dá três dias após a Polícia Federal abrir uma operação contra empresários aliados do presidente Jair Bolsonaro que teriam, em um grupo de WhatsApp defendido um golpe de Estado em caso de uma vitória do ex-presidente Lula, nas eleições 2022.

A ofensiva foi deflagrada por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a pedido da própria PF, mas sem que a PGR fosse ouvida. Investigadores avaliam que a ofensiva pode inibir financiamento de “atos golpistas” no 7 de Setembro.

No dia em que as diligências foram cumpridas, o chefe do Ministério Público Federal disse que ‘tomou conhecimento da existência’ da investigação somente naquela manhã. Depois, Alexandre rebateu a informação, divulgando certidões que, segundo ele, comprovam que o MPF foi ‘intimado pessoalmente’ de sua decisão. A PGR agora pediu que o ministro do Supremo compartilhe a íntegra da investigação contra os empresários.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, está atento ao 7 de Setembro. Ontem, duas horas depois de proibir a veiculação de campanha do governo Jair Bolsonaro sobre o bicentenário da Independência, o gabinete do ministro divulgou um novo despacho em que libera a divulgação da peça publicitária. Servidores que trabalham com Moraes argumentaram que houve erro no lançamento da decisão, que foi corrigido. O ministro determinou a retirada de um trecho do texto da propaganda.

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