O Apadrinhamento Afetivo é um programa que oportuniza experiências positivas de vida e a construção de novos vínculos afetivos com padrinhos ou madrinhas para crianças e adolescentes de 7 a 18 anos, que estejam afastados de suas famílias biológicas por meio de medida protetiva de acolhimento institucional.
Ter padrinho ou madrinha afetivo possibilita para criança e adolescente uma nova referência social e familiar de cuidado e afeto, por meio da convivência periódica, podendo ser semanal ou quinzenal. Na Associação Filantrópica Monte Moriá (Afimm), de Ijuí, o Apadrinhamento Afetivo é desenvolvido desde 2014, como explica a assistente social Giseli Dameda, e tem como objetivo promover a integração dos acolhidos em sociedade, criando novos vínculos e visões de mundo.
Cibeli Golzer Morais é uma madrinha afetiva do Afimm e, em entrevista ao JM, conta que sempre teve no coração a vontade e o sentimento pelo apadrinhamento. Ela entende a necessidade das crianças interagirem em sociedade e, dessa forma, conhecerem outras realidades para além do Lar. “Como elas não têm vínculo familiar, isso é muito importante.”
Ela conta que entre as atividades desenvolvidas com a criança apadrinhada estão ir à pracinha, brincar em casa, sair para algum lugar diferenciado, sempre criando o laço da criança com família e amigos. “As mesmas atividades que faço com minhas filhas, faço com meus apadrinhados. Minhas filhas se dão muito bem na formação desse vínculo.”
A alegria em proporcionar esse cuidado e afeto junto à criança transparece na emoção de Cibeli em contar sua história. Para ela, é uma satisfação fazer parte desse ato de cidadania. “É muito bom promover isso. Muitas pessoas não sabem e acabam não buscando informações sobre o apadrinhamento ou, até mesmo, acham que é um processo muito burocrático.”
Quanto à burocracia, a assistente social Giseli afirma que o processo de Apadrinhamento Afetivo é relativamente rápido. Geralmente a comunidade procura a Afimm em busca do apadrinhamento e as crianças escolhidas são indicadas pela equipe do Lar, sendo essas em processo de desligamento da família ou em encaminhamento para adoção. “Esse apadrinhamento é importante, pois, dependendo da idade da criança, o padrinho já acompanha o processo de desligamento e, quando é menor, consegue acompanhar a parte escolar e de saúde”, informa Giseli.
*A notícia completa está na versão impressa do Jornal da Manhã.