Instituído há cinco anos, o Agosto Branco chama a atenção para a importância da prevenção do tipo de câncer que mais causa mortes no mundo: o de pulmão. Foram 1,7 milhão de vítimas no mundo em 2020, mais de 30 mil mortes apenas no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).
Entre os principais fatores de risco para esse tipo de câncer estão o tabagismo, a poluição do ar, o contato com substâncias químicas como o asbesto (amianto), derivados da queima de petróleo, e histórico familiar de câncer.
“O câncer de pulmão pode ser combatido com prevenção e o tabagismo é o principal fator de risco”, disse o médico coordenador do Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) do Hospital de Caridade de Ijuí, Edilson Walter.
“Hoje temos exames que podem detectar de uma forma mais precoce, o que acaba em cura do paciente”, acrescenta.
Entre os sintomas principais do câncer de pulmão estão tosse por mais de um mês, com presença de sangue ou com piora progressiva; dor torácica persistente não associada a traumas; falta de ar e dificuldade para respirar; perda de peso inexplicada e não intencional.
O câncer de pulmão normalmente é silencioso e apenas diagnosticado em estágios avançados. Os sintomas iniciais da doença não são muito claros e aparecem tardiamente. Diante desse quadro, o médico alerta que a detecção precoce é o ponto-chave para ampliar as chances de um tratamento efetivo. “A detecção precoce é fundamental. Assim como a mulher que a partir dos 40 anos deve fazer a mamografia uma vez por ano, os pacientes que fumam devem fazer tomografia de baixa dose uma vez por ano. Os ex-tabagistas que pararam de fumar há menos de 15 anos também precisam fazer essa tomografia uma vez por ano. Isso possibilita que a gente detecte esse tipo de câncer antes dele apresentam sintomas. Os sintomas geralmente predizem doença já grave”, alerta o especialista.