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Ijuí
quarta-feira, abril 17, 2024

Ijuienses registram uma arma a cada dois dias

Para alguns, sinônimo de proteção para a família e para a propriedade. Para outros, significa perigo e uma forma de colocar a família e as pessoas ao redor em risco. O acesso a armas sempre dividiu opiniões no Brasil. Com o aumento dos índices de criminalidade, de acesso à informação e expansão das cidades, além de uma defasagem policial que persiste e que, mesmo que ainda funcione, não consegue chegar a todos os lugares, muitas pessoas se sentem inseguras e acabam buscando alternativas por conta própria para garantirem maior segurança.

Em Ijuí, de acordo com dados repassados pela Polícia Federal, em média, uma arma é registrada a cada dois dias no município. Nos últimos três anos, foram 960 registros feitos pela população em um total de 1.095 dias. Em 2020, o número de registros teve média superior a uma arma registrada por dia, comum total de 411. Houve ainda 241 registros em 2019 e 308 em 2021. Neste ano, até o dia 30 de junho, a Polícia Federal já contabilizou 110 registros feitos, em um total de 180 dias. O órgão é responsável pela emissão de registros a civis e, portanto, o número não inclui atiradores esportivos e colecionadores de armas.

O cenário ijuiense reflete o que acontece no Rio Grande do Sul e no País. Somente no Estado, houve um salto nos registros de armas realizados pela Polícia Federal nos últimos três anos. De janeiro de 2019 a dezembro de 2021, foram 47 mil. O período coincide com o governo do presidente Jair Bolsonaro, que adotou medidas para flexibilizar o acesso aos armamentos — uma promessa de campanha. Ao compararmos com 10 anos anteriores, de 2009 a 2018, a soma do número de armas novas registradas no Estado é de 38,2 mil.

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