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quinta-feira, março 28, 2024

GENTE DE RÁDIO: Carlos Alberto Padilha

A carreira de radialista de Carlos Alberto Padilha começou bem jovem, dos 16 para os 17 anos, na Rádio Independente de Cruz Alta, em 1982. Seu irmão Marcos trabalhava na emissora como operador de áudio e externas. “Certo dia fui visitá-lo. Estava no estúdio de gravação de brincadeira lendo comerciais e notícias. Bobby Alves, então locutor da Rádio e da TV Cruz Alta (RBS), um dos gerentes da emissora, me ouviu e fez o convite para um teste”.

Naquele momento, gravaram três ou quatro pilotos do Jornal que ia ao ar às 12h. Em pouco tempo Padilha, como é chamado hoje, foi convidado para apresentar o noticiário ao vivo fazendo dupla com Bobby Alves. “Tudo foi bem rápido”. Começava ali a sua história no rádio ao lado de grandes nomes da comunicação cruzaltenses na época, como Bobby Alves, Sérgio Machado, Wanderley Varela e Jorge Costa.

Com o passar do tempo, foi estudando, fazendo cursos de Dicção, Oratória, se especializando na área da Comunicação. Desde pequeno sempre gostou de ouvir emissoras de Ijuí, Porto Alegre, do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, principalmente programas esportivos e jogos. “Tinha uma grande paixão pelo rádio, mas não pensava em trabalhar em uma emissora naquele momento. Assinava jornais diários e revistas especializadas em esportes, ia aos estádios, mas ainda não tinha decidido trabalhar como radialista”. Depois da Independente, Padilha trabalhou na Rádio Repórter, na Rádio Vera Cruz, de Horizontina, e Rádio Progresso antes de chegar ao Grupo Jornal da Manhã, em 1996.

Seu começo no Grupo JM foi como apresentador de noticiários e na redação da emissora fazendo captação de notícias nacionais, internacionais e esportivas. Cobriu o setor policial também em um curto período. Nos finais de semana fazia plantão esportivo nos jogos e reportagens.

Já são 40 anos de atuação. Para ele, o rádio evoluiu muito principalmente com o avanço tecnológico. “A internet facilitou bastante o trabalho dos profissionais ajudando na apuração das notícias. As novas ferramentas auxiliaram bastante. A velocidade da informação é impressionante em todos os sentidos. Se percebe, porém, hoje com a tecnologia muitos profissionais deixando de ir para as ruas, onde na maioria das vezes está a informação. As grandes histórias estão nesse contato diário com o ouvinte na rua, com o fato instantâneo. Acima de tudo a preocupação é com a credibilidade da informação. O rádio é, sim, uma paixão”.

Padilha é muito conhecido no meio esportivo. Com toda sua trajetória, diz que gosta de comentar jogos ao vivo nos estádios, ginásios, sentir o clima, o grito da torcida. “O comentarista precisa estar sempre atualizado, estudar muito, observar, se aprimorar nas análises, esquemas táticos, legislação esportiva, passar para o ouvinte uma linguagem de fácil assimilação. Escrever matérias também é muito bom, contar a história de um atleta, um dirigente, um torcedor.

O campo no dia a dia de treinos e jogos, é um terreno bastante fértil para se apurar notícias e buscar uma boa história”.

Em sua trajetória, participou de importantes coberturas pela Rádio JM e Jornal da Manhã, entre elas as finais das Libertadores de 2006 e 2010, conquistadas pelo Internacional contra o São Paulo, e o Chivas do México. Fez coberturas de clássicos Gre-Nais e jogos memoráveis do Grêmio, do São Luiz e disputas do esporte amador em Ijuí.

“Foram fatos marcantes”, diz ele, citando um em especial: “na final do Campeonato Brasileiro de 1988, concluído no início de 1989, entre Internacional e Bahia no Beira-Rio, trabalhei como repórter para uma emissora de Itabuna, Bahia. Era o narrador e eu na cobertura. Tive que cobrir a festa dos baianos que conquistaram o título do Brasileirão. Foi uma experiência bacana, a convivência com jornalistas esportivos de todo o país”.

Outra cobertura que marcou muito foi o velório dos atletas da Chapecoense que faleceram no acidente aéreo na Colômbia em 2017. A Rádio JM foi à Chapecó e ao lado dos colegas Ricardo Bolson, Diogo de Souza e Gelson Palharini, acompanhou na Arena Condá aquele momento muito triste do futebol mundial.

*A notícia completa está na versão impressa da revista Stampa

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