Na manhã de ontem, durante a 45ª Expointer, na Casa do Cooperativismo no Parque Assis Brasil, o Sistema Ocergs apresentou um desafio ao movimento cooperativista gaúcho: alcançar os R$ 150 bilhões de faturamento em até cinco anos.
O Plano Gaúcho de Cooperativismo tem como objetivo traçar estratégias junto com as cooperativas para atingir a meta de faturamento e de quatro milhões de associados até 2028, considerando seus segmentos de negócios com visão de curto, médio e longo prazo. O desafio faz referência ao poder que o cooperativismo tem em gerar trabalho, renda, oportunidade e prosperidade para os associados, cooperativas e comunidades em que está inserido, confirmando o protagonismo no desenvolvimento do Rio Grande do Sul.
O objetivo de faturamento, segundo o presidente do Sistema, Darci Hartmann, é totalmente possível. Em 2021, segundo dados divulgados na Expressão do Cooperativismo Gaúcho, as 423 cooperativas gaúchas faturaram R$ 71,2 bilhões, um incremento de 36,8% em relação ao período anterior. O crescimento registrado nas sobras apuradas foi de 20,7%, atingindo o valor de R$ 3,6 bilhões, o que representa o dobro do valor obtido em 2017.
O saldo de empregos com carteira assinada nas cooperativas foi de 5.791, o que aponta variação relativa de 8,5%. A expansão de postos de trabalho no setor, que em 2021 registrou 74.094 empregos diretos, superou o crescimento de empregos no Rio Grande do Sul, que fechou o ano de 2021 com variação de 4,68% e saldo de 114.512 novos empregos.
Através dos pilares de Representação e Defesa; Comunicação e Relacionamento; Mercado e Alianças; Gestão e Governança; Infraestrutura e Tecnologia, o cooperativismo tem um objetivo sistêmico de crescimento homogêneo, conjunto e que respeite a velocidade e o momento de cada cooperativa. Dessa forma, é possível demonstrar a relevância e o protagonismo da Organização (Escoop, Sescoop/RS, Sindicato e Ocergs) no crescimento econômico e social sustentável das cooperativas e, consequentemente, das comunidades.
Até 2028, com a proposta pretende-se chegar a quatro milhões de cooperados, 100 mil empregos diretos, realizar R$300 milhões de investimentos em capacitação, R$7,5 bilhões de sobras líquidas anual e R$150 bilhões de faturamento, ou seja, uma variação de 12% ao ano. “O modelo cooperativo privilegia o desenvolvimento da comunidade como um todo, pois os resultados e as sobras das cooperativas vão para os associados, gerando riqueza e distribuição de renda para todos. Temos muitos desafios pela frente, mas com o esforço de todos, conseguiremos crescer. Onde tem cooperativismo pujante, tem desenvolvimento”, afirma Hartmann.